sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Peixinho Curioso
Escritora Arielle dos Anjos Batista
Moluno, um peixe de cor amarela com barbatanas azuis que nadava entre as algas marinhas. Um peixinho alegre entre milhares de seu cardume.
            Um dia ele começou a pensar. Fez perguntas e começou a pensar diferente dos outros peixes. “Como será viver no mundo fora da água?”. Havia lendas que falavam de um mundo bem diferente. Onde outros animais respiravam fora da água.
            Depois de um mês ele conseguiu todo material que precisava e montou uma catapulta.
            “Vou ver e conhecer novos lugares diferentes onde todos podem sonhar e colocar suas curiosidades para fora, um lugar mais que perfeito para um peixinho como eu”  Moluno queria soltar sua criatividade, mais os peixes desse local quando souberam o que o Moluno queria ir para a terra o chamaram de louco,  porque para os olhos desses peixes aquilo isso era um absurdo.
            Moluno rebateu “um sonho não faz mal, sonhar só faz bem, um sonho é para ser realizado. Tudo é possível para quem sonha. E isso não é não e loucura. Realizarei meus sonhos. sempre vou seguir meu coração e as minhas curiosidades onde me mandarem e ninguém me impedira disso”.
            Ele seguiu seu coração e se lançou pela catapulta com a ajuda de uma amiga moluna de cor roxa e barbatanas pretas. Ele gritou quando foi arremessado e deu risos e saltou para  a superfície.  “Realizei meu sonho sei que não voltarei mais”.
           E não voltou. Moluno caiu num saco de lixo. Ainda se arrastou pelo gramado verde e viu as ruas da cidade cheia de pessoas que andavam com duas pernas. Havia muita fumaça. E foi atacado pelas formigas. Morreu sem conseguir respirar na superfície.
          E sua amiga sempre contou a historia do peixinho curioso que voou para o céu azul.
·         Pensar diferente. Realizar sonhos. Aconteça o que acontecer. Arielle dos Anjos pega um tema até comum dos livros de autoajuda ou das mensagens do Facebook e trás para a ficção. Às vezes realizar os sonhos pode ser um desastre. Arielle nos conta isso com maestria. Nada mal para quem tem 13 anos e pensa e escreve muito.