Festa da
Palavra na cidade de Lagoas dos Gatos. Palestras, debates e oficina Literária.
Três dias de muitas atividades com uma juventude muito participativa. Um
convite da produtora Patricia Vasconcelos.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Criatividade e muita imaginação é que não falta a esta jovem escritora
MENINA E O ABSORVENTE
Aieychan Karoline - 14 anos
Chegou o dia da primeira menstruação. Muito assustada, ela chorou e disse “estou perdendo muito sangue e agora eu vou morrer”! A mãe disse: “filha, não, você não vai morrer, na sua idade acontece isso, é a menstruação, tome isso para você não se sujar.
Quando ela pegou o absorvente escutou
uma voz:
− Por favor, não
me coloca eu aí não, tem muito sangue.
− Mas a minha
mãe disse que era para colocar você, para eu não sujar a minha roupa.
− Se você me usar
eu fico com muito sangue e depois você me joga no lixo.
− Mas você foi
feito para isso.
− Mas você tá
tirando muitas vidas de absorventes. Coitado de nós, pobres absorventes. Vamos
morrer no lixo.
E todo mês, nos quatro dias, ela
matava muitos absorventes.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Chegando
ao final das Oficinas literárias na Escola Humberto Barradas, cada aluno vai
escolhendo seus principais contos que foram trabalhados nos últimos meses. Só
assim eles autorizam a publicação.
BEBÊS GATOS
DESAPARECIDOS
Pamella
da Silva Cavalcanti 11 anos. 7ª, Série
Um velhinho morreu. Passou a noite em
um velório dentro de um caixão, esperando para ser enterrado no dia seguinte.
Uma gata, que estava grávida, procurava um bom lugar para ter seus gatinhos. No
escuro, onde só havia velas acesas, resolveu se deitar aos pés do velhinho
defunto. A gata teve seis gatinhos.
No outro dia, a mamãe gata saiu para
buscar comida e quando voltou percebeu que o caixão não estava lá.
As pessoas não sabem por que toda noite
a mamãe gata dorme em cima da sepultura do velhinho.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Chegando
ao final das Oficinas literárias na Escola Humberto Barradas, cada aluno vai
escolhendo seus principais contos que foram trabalhados nos últimos meses. Só
assim eles autorizam a publicação.
TRANSPORTE
PÚBLICO DOS ANÕES
Jorge
Guilherme – 12 anos – 7ª. Série
Chegou a época das eleições e o
deputado que adorava mentir para ganhar eleições dizia:
−
Eu, deputado Pedro Mendonça, declaro que vou melhorar o transporte público dos anões.
Vou criar ônibus menores, colocarei assentos preferenciais e passe livre. Eu
amo os anões.
Ele falou tanta besteira sobre anões
que no final todos os anões votaram nele e ele ganhou a eleição.
Depois de eleito distribuiu
velocípedes para os anões revoltados.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
MAIS
UM MINICONTO FOI HOJE LIBERADO PELOS ALUNOS DA OFICINA LITERÁRIA FERNANDO FARIAS NA
ESCOLA HUMBERTO BARRADAS DE JABOATÃO.
LEMBRANÇA DO MEU
PARTO
Jaine
Neves – 14 anos – 8ª. Série
Foi numa noite fria, ou a sala da
maternidade era fria, quando saí do útero, vi as luzes fortes.
Apertavam-me, senti vontade de chorar, tinha que ser forte, e chorei. Enjôos,
respirar é difícil, tudo incomoda.
Já comecei a esquecer o que era
antes da vida. Aqui as pessoas riem pra mim. Dizem que pareço com alguém, mesmo
com essa cara de lagartixa espantada.
Nasci e já comecei a aguardar o dia
da minha morte.
CONTINUANDO A PUBLICAÇÃO DE UMA SÉRIE DE CONTOS DOS NOVOS ESCRITORES DA OFICINA LITERÁRIA QUE
REALIZO NA ESCOLA HUMBERTO BARRADAS, DA PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOATÃO.
A GIRAFA QUE
COMEU A LUA
Rebecca
Souza de Melo – 12 anos – 7ª. Série
Gigi era uma girafa muito comilona.
Comia chocolate, pipoca e croquete, frutas e verduras. Mas o que mais gostava
de comer era as pessoas na cidade.
De manhã comia crianças
inteligentes; à tarde se alimentava de adultos lesados e à noite, adolescentes
malcriados. Ingeria tudo isso com facilidade e alegria.
O zoológico que morava Gigi era
cuidado por extraterrestres.
O ET esqueceu-se de alimentar a
girafa. À meia noite Gigi estava morrendo de fome. Tentou procurar comida por
todo zoológico, mas só conseguiu comer uns elefantes e alguns hipopótamos.
Mas ainda estava faminta. Olhou para
cima e o que viu foi uma Lua Cheia. Ficou maravilhada com a beleza. E resolveu
comê-la. Bastou esticar o pescoço.
Quando mordeu a Lua a Terra explodiu
e Gigi, a girafa comilona morreu.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
NO
DIA DA CRIANÇA COMEÇO A PUBLICAR OS MELHORES TEXTOS DOS ALUNOS DA OFICINA
LITERÁRIA FERNANDO FARIAS NA ESCOLA MUNICIPAL HUMBERTO BARRADAS, BAIRRO DE
ENGENHO VELHO, EM JABOATÃO DOS GUARARAPES. VEJAM QUE MARAVILHA.
......................................................
CRIANÇA TAMBÉM
TEM SAUDADES
Rannya Gabriele Almeida da Silva – 11
anos - 8º Ano A
Lembranças quando eu era bebê.
Saudades dos tempos que eu ainda brincava na rua de amarelinha. Do tempo em que
só nos olhares se via a inocência da vontade de ver os grandes e puros
sorrisos, dos sonhos tão bonitos.
Restando assim somente lembranças
daqueles tempos, que os anos não trazem mais. A saudade que fica se encarrega
de guardar com tanto amor e carinho dentro do coração. Disso só restam alguns
momentos que a vida nos deixa. Vendo fotos e vídeos, às vezes choro, querendo
voltar àquele tempo, mas o tempo é passageiro. Cada passo que eu dava era uma
conquista ou uma vitória, uma perda ou um aprendizado.
Sou forte. Meio doce e meio amarga.
Em alguns dias acho que sou fraca e meio boba. Preciso de um lugar para ficar,
onde posso esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim, e começo
a olhar para mim mesma. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente, sou humana.
Às vezes meio pensativa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam logo de uma
vez. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, gritar, chorar. Sentir que as coisas
funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá
resultado. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende quando e como a
gente encara e se impõe. Quero ser eu. Vou continuar mantendo meu cérebro no
lugar onde ele se encontra, no meu coração. Essa é a melhor parte de mim.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
ESCRITOR FERNANDO FARIAS NO SESC. Bodocó é uma linda cidade
há 640 quilômetros do Recife. Durante esta semana realizei varias palestras
dentro do programa “SESC, Tem um escritor na minha escola”, coordenado pelo
competente agitador cultural Herbert Adriano. Nestas fotos as palestras na escola João Carlos Lócio de Almeida.
O DIA EM QUE MATEI
MEU VIZINHO.
Escritora Keroly
Silva
Aluna do IFPE-Cabo –
19 anos
Vizinho é obra do demônio. Estava eu aqui ouvindo meu rock numa tarde de
domingo, quando meu vizinho bateu na minha porta. Reclamou barulho, disse que
não gostava de rock, me falou mal e foi embora aos gritos
Resolvi evitar problemas e
abaixei o som.
Horas
depois ele se põe a ouvir hinos estridentes evangélicos e cantava com uma voz
desafinada que parecia vir das profundezas. .
Disse
pra mim mesma que aquilo não ficaria assim. Poucos dias depois o carteiro chegou
com as correspondências e me perguntou por aquele vizinho, dizendo ter a lhe
entregar uma algo de grande valor de uma herança. Mas não tinha ninguém em
casa.
Respondi
gentil e educadamente que ele morreu. Que Deus o tenha!
-
Keroly Silva é aluna das oficinas literárias on line.
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