sábado, 7 de janeiro de 2012


Neste blog um pouco do que aconteceu durante todo o ano de 2011 nas várias Oficinas Literárias e palestras ministradas pelo escritor Fernando Farias com estudantes da cidade de Jaboatão dos Guararapes, na Biblioteca Municipal Poeta Benedito Cunha Melo, em Jaboatão Centro, também nas escolas de rede pública municipal: Nova Visão, Humberto Barradas, José Carneiro, Luiz Gonzaga e na escola estadual Rodolfo Aureliano.
Entre tantos eventos, sem dúvida, os mais concorridos foram as oficinas realizadas na Biblioteca. Cerca de 70 alunos participaram das atividades. Para os estudantes da Escola Nova Visão, além das palestras em sala de aula de várias turmas, houve a formação de oficinas em duas temporadas com turmas de várias séries, no contra turno. No segundo semestre tivemos cerca de 30 alunos da quarta série que participaram ativamente, sob a orientação do Professor Pedro Rodrigo, das oficinas durante quatro meses, sempre nas quartas-feiras, logo após o recreio.
Encerrando as atividades do ano com os estudantes da Escola Nova Visão, tivemos a festa de confraternização que reuniu cerca de 40 alunos, pais, funcionários da escola e da biblioteca. Na oportunidade foi lançado um pequeno livro com 11 contos sobre o tema “O que é uma Dremelga?”, trabalhos do exercício final realizados pelos alunos. Cada aluno imaginou o que seria uma Dremelga. Num jogo de muita criatividade nos textos, surgiram as Dremelgas melecas de Saturno, plantas carnívoras, peixes estranhos, flores assassinas e com roupinhas de bonecas.
Para o escritor Fernando Farias a experiência com esta turminha da quarta série, todos na faixa de 10 anos de idade, revelou verdadeiros escritores que dominam a arte de criar personagens, cenas e cenários, e de prender a atenção dos leitores com histórias de muita imaginação e técnicas literárias. “A fantasia infantil aliada aos exercícios permanentes, despertou nestes jovens também o censo crítico”. Revela Fernando Farias, “eles mesmos debatiam cada texto, apontavam falhas e soluções para os enredos; e mais, discutiam os tempos verbais, a ortografia, a concordância, isto é, aprenderam e aplicaram a gramática na prática”.
Para a diretora da Biblioteca, professora Alzira Sena, a presença dos estudantes semanalmente na biblioteca despertou muito o interesse dos alunos pelos livros. “Todos se tornaram clientes da biblioteca. Eles vêm, mesmo nas férias, buscar livros que eles mesmos escolhem e comentam o que gostaram ou o que não gostaram. Os alunos da Escola Nova Visão superam as demais escolas em número de retiradas de livros”.
Para o professor Pedro Rodrigo “é de se constatar que os alunos que mais se destacaram em sala de aula foram os estudantes que participaram das oficinas literárias. Não só na língua portuguesa, mas também em outras matérias. A gente percebe a evolução e a desinibição destes alunos”. Todos os alunos que participaram das oficinas foram aprovados.
Segundo o escritor Fernando Farias “a gente termina aprendendo mais com as crianças do que elas com a gente. A proposta na verdade nem é ensinar a ler ou escrever, mas a pensar livremente e debater entre eles o que produzem”
Leitura com atenção dos 11 contos selecionados pelos próprios alunos sobre o tema “O que é uma Dremelga”, publicado em formato de livrinho de cordel.
Esta é a Luana Maria, 10 anos, que falou em nome da turma no final da oficina literária. Além do de escrever também tem boa oratória.
Um verdadeiro mestre. Este é Pedro Rodrigo, Pedagogo e Professor da Escola Nova Visão que desde o início do ano abraçou a ideia das oficinas literárias. Graças a ele, mais de 40 alunos participaram ativamente das oficinas. Sem dúvidas foi o maior apoiador e orientador pedagógico das oficinas.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Brigona e companheira a Maria Eduarda, de 10 anos, participa das oficinas com muitas sugestões e apoio. Já possui a arrogância criativa de muitos escritores.

DREMELGAS DE SATURNO
Maria Eduarda
A Dremelga é uma meleca do planeta Saturno. E todo bicho que chega perto dessa meleca é digerido, é conhecida como o Lodo Terrestre. Quando um homem, numa nave espacial, foi a Saturno, fez a grade descoberta. Passou em jornais, televisão e rádios e assim a grande meleca espacial ficou conhecida pelo povo terrestre. E ela foi engolindo todos os bichos que tinham em Saturno. E um dia a meleca se fundiu, evoluiu e ficou maior. Ficou tão gorda que explodiu e um pedaço dela se soltou e voou no espaço, foi atrás de um homem da Terra. Quando a meleca chegou à Terra encontrou vários e vários homens e a meleca agarrou as pernas deles e foi digerindo um por um. Uma mulher escapou e foi contar ao prefeito e o senhor prefeito falou: – A meleca Dremelga está atacando a cidade. Ah, ela vai atacar o mundo! Fujam! As pessoas assustadas gritaram “socorro eu vou morrer” ou “a Dremelga vai me comer”. E assim, de tanto a meleca Dremelga se fundir ela ficou tão grande que digeriu todas as pessoas da Terra e a Terra ficou vazia. Cheia do cocô da grande Dremelga. A única pessoa que sobreviveu foi o astronauta que estava na Lua.















A sempre bem humorada Carcylene Késsia e suas Dremelgas azuis

DREMELGAS AZUIS
Carcylene Késsia
É um pássaro azul com grandes asas brancas e olhos vermelhos. Feroz e muito mau, mora numa grande caverna muito escura com sua família, todos muito ferozes também. Muito perigosos, são carnívoros, comem seres humanos vivos. Mas depois que mataram todos os seres humanos agora ele só come cenouras e alface.
Aluna Raquel dos Santos. Um exemplo de meiguice e criatividade..

O MONSTRO QUE VIROU PEIXINHO
Raquel dos Santos

Em uma cidade muito pequena chamada Ilusão havia ali um lago muito perigoso chamado de o Lago Negro e onde morava uma criatura muito estranha. Não era um animal aquático e tinha um corpo de cachorro. Colocaram o nome dele de Dremelga. E ninguém desafiava chegar perto do lago, pois podia ser devorado.
Um dia, dois adolescentes de 12 e 14 anos foram passear de barco. Quando chegaram no meio do lago encontraram com a terrível criatura. E desapareceram.
Todos queriam saber como derrotar aquela fera. Um cientista muito atrapalhado conseguiu fazer uma fórmula que transformava o monstro num peixinho. Foram muitos homens para segurar a fera e aplicar uma injeção na bunda do Dremelga.
O bicho ficou do tamanho de um peixinho de aquário. Foi quando encontraram os dois adolescentes que contaram as aventuras que passaram na barriga do monstro.
Até hoje ninguém sabe a verdade.
Isabela Santos é de São Paulo, chegou já no meio da Oficina e teve grande participação. Aqui na foto ao lado do professor Pedro Rodrigo.







DREMELGA CARNÍVORA
Isabela Santos

A Dremelga é uma planta carnívora com presas enormes e garras que podem cortar madeira e ferro. Ela é do tamanho de um prédio de cinco andares, é verde e gosmenta, come tudo o que vê principalmente as pessoas. Ela mora num pântano das plantas carnívoras, lá tem todos os tipos, mas a mais perigosa é a Grande Dremelga.
A gosma dela é tão venenosa que as pessoas que tem contato com a gosma ficam com o corpo cheio de bolhas parecendo queimaduras e morrem tremendo, como se tivesse tomando choque.
Por isso muita gente tem medo de ver essa planta carnívora e ninguém mais chega perto delas.
Provando que gostar de literatura não é coisa só de meninas, o Michel Willian foi um ativo participante que muito contribuiu com os colegas.








UM PEIXE CHAMADO DREMELGAS
Michel Willian

Num lugar muito distante chamada Mair Tair, existem vários peixes chamados Dremelgas. Peixes enormes, azuis, que vivem num lago enorme chamado Lago dos Dremelgas.
Num belo dia, os Dremelgas subiram até a superfície para ver uma linda floresta, que os homens nunca tinham visto, e ficaram admirados com a paisagem.
Mas um dia, o homem chegou e foi avisar os amigos sobre a floresta. Chegando lá, armaram um piquenique e foram nadar no lago. Eles começaram a tomar banhos felizes, um Dremelga pegou e mordeu um deles. Ele saiu correndo e disse que tinha alguma coisa estranha na água. Todos ficaram rindo da cara dele, todo mundo entrou na água menos ele, então todos foram mordidos.
Pediram desculpas para ele, que como era uma pessoa boa, desculpou a todos.
Lá embaixo, no lago, os Dremelgas ficaram rindo, pois só fizeram aquilo porque os homens iam sujar a floresta linda e o Lago dos Dremelgas.
Os Dremelgas brincavam na água. Num canto dentro do lago tinha um parque chamado Parque do Recanto, onde os Dremelgas brincavam no escorrega, na gangorra e na barca. Os meninos na barca e as meninas no escorrega. Os peixes adultos trabalhavam na fábrica de doces.
Fora da água, os homens que estavam brincando na floresta entraram na mata e ninguém mais falava da linda floresta, nunca mais foram lá. Os Dremelgas ficaram lá, em paz.
Luana Maria entrou no clima da oficina logo nas primeiras aulas. Com grande domínio das técnicas e da fina ironia. Criou mais de 10 textos sobre a Dremelga. No final escolheu o “As roupas das Dremelgas”




ROUPAS DAS DREMELGAS
Luana Maria

Era uma flor do bem, mas muito feia. Tinha olhos esquisitos, um azul e outro rosa. Pétalas nas sobrancelhas e pelos ao seu redor. Tem um grande nariz afiado como uma faca. A boca roxa, com dentes de ferro enferrujados. Um queixo tão duro que, com ele, quebra pedras e até ouro. Não tem pescoço, mas colocava um chifre de boi pendurado na testa. A Dremelga Usava uma roupa estranha em cada dia: Segunda – uma blusinha de folhas verdes; Terça – um vestido de babado estampado; Quarta – um top colado e uma saia de quatro centímetros; Quinta – um casaco de lã e um short de malha; Sexta – um vestido branco com furos por ratos; Sábado – um boné rosa e uma blusa fina; Domingo – uma camisola, um gorrinho e sapatos de pelúcia. Onde ela vive é bonito, um vale de doces, tudo é doce, as portas, rios casas, tudo. Ela tem apenas 1.133 anos e ainda é jovem. Ainda.
Isamim Suyanne é uma das mais criativas e bem humoradas alunas da Oficina. Aqui na foto o escritor Fernando Farias lê um dos contos da Suyanne.

DREMELGA. O GATO DE CHIFRES
Iasmim Suyanne

Um gato tem três olhos, duas orelhas e duas patas, pelo branco com bolinhas amarelas, magro e grande. Ele se chamava Dremelga e tinha uma esposa chamada Nina.
De tanto ser traído pela esposa, nasceu um chifre bem grande e feio, muito pontudo. Quando o chifre nasceu, ele achou muito estranho. Coitado do gato.
Nina ficou muito feliz quando ele morreu num acidente de carro, porque ele tinha muito dinheiro. Agora ela é uma viúva sozinha, mas muito rica.


A poeta Raísa Feitosa faz a leitura do conto O Leão da aluna Aieychan Santana.

DREMELGA. O LEÃO.
Aieychan Santana

Dremelga é um leão colorido, ele é brabo e suas unhas são afiadas e grandes, os olhos são verdes e azuis. Por fora ele é brabo e por dentro ele é bondoso. Ele adora comer lobos os das matas.
O Leão tem um jeito de homem e mora em uma mansão e o sonho dele é morar no riacho de ouros. A mansão dele é grande, de cor branca e ao lado dela tem uma piscina para ele relaxar. O Leão sabe nadar.
Numa noite de lua cheia ele vai caçar animais para se alimentar. Ele foi caçar nas matas e achou um lobo morto e ao lado o Leão Dremelga que disse: “Este é o meu café da manhã favorito. Todo dia é assim”.
Juliana Karla, uma das mais ativas participantes da Oficina. Nesta foto a poeta Sachiko Shinozaki lê o conto da aluna Juliana Carla








DREMELGA. A FLOR ASSASSINA Juliana Karla Cunha

Em uma casa abandonada vivia uma flor estranha. Ela tinha quatro olhos, três bocas e 14 narizes e ainda quarenta mãos. Essa casa estava à venda há muito tempo, mas ninguém queria comprar. Um homem, que tinha vindo da Itália, viu a casa e quis comprar. Quando ele foi olhar a casa, viu uma esquisita flor. Quando ele chegou perto a flor o devorou. Os dias passaram. Algumas pessoas estavam sentindo um cheiro de gente morta. Uma mulher muito curiosa entrou na casa, quando viu o homem morto saiu correndo, pedindo socorro. A polícia foi lá na casa e viu o homem, o policial chegou mais perto do corpo e viu a flor saindo da barriga dele. Ele também foi atacado e morreu. Outro policial estava na porta e viu tudo, correu para contar. Mas ninguém acreditou. A casa ficou abandonada e aí ficou a lenda da Dremelga. A flor assassina.

Maria Gabriela tem 10 anos. Autora do conto Frutos Dremelgas. Aqui no momento em que recebe homenagem do professor de teatro Sérgio Luiz.






FRUTOS DREMELGAS
Maria Gabriela

Dremelgas é uma semente, que quando brota nasce uma árvore, na árvore nasce o fruto e do fruto nasce um sonho. Esse sonho é maravilhoso e todos querem ter. Esse sonho vem da fruta que é mágica. É um lugar mágico, sonhos que tem magias. Nem todas as pessoas têm sonhos é só de quem come o fruto do Dremelgas e começa a pensar em coisas lindas. Mas quando esse sonho acaba tudo vira um nada.
Alicia morava no mundo dos sonhos, mas ela não gostava de lá, dizia que era muito chato. Outra menina chamada Débora disse:
– Quer trocar de lugar? Você fica no mundo real e eu fico no mundo dos sonhos. Alicia topou. As duas trocaram de lugar, Alicia foi para o mundo real e Débora foi para mundo dos sonhos.
Só que no mundo normal tem o fruto dos sonhos e todos que comem dele vão para o mundo dos sonhos. Alicia pensou que era uma fruta comum e comeu, ela voltou para o mundo dos sonhos. Débora encontrou Alicia e perguntou:
– O que você está fazendo aqui?
Alicia falou:
– Eu comi a fruta dos sonhos, mas eu não quero ficar aqui.
Débora deu uma fruta que Alicia comeu e foi para o mundo real.
Débora estava gostando do mundo dos sonhos e tinha medo que Alicia trocasse com ela de novo, mas Alicia não queria, ela gostava muito do mundo da realidade. E continuaram assim, Alicia no mundo das pedras e Débora no mundo das nuvens.
Depois de muito tempo Alicia pisou numa pedra e quando viu, estava no mundo que não existia nada. Débora pisou numa pedra também e caiu, foi para o mundo do Nada e as duas ficaram conversando. No mundo do nada não tem quase nada.
Depois de um tempo, elas encontraram duas árvores: uma do fruto dos sonhos e outra da realidade. Alicia comeu o fruto do mundo normal e Débora comeu o fruto dos sonhos e assim elas ficaram alegres.




Fala inicial do Escritor Fernando Farias.


Professora Alzira Sena, diretora da biblioteca, que apoiou e deu todas as condições para a realização das Oficinas Literárias. Um anjo de sabedoria e carinho com a turma.


Dia 15 de dezembro de 2011. Bibli0teca Publica Municipal Poeta Benedito da Cunha Melo. Encerramento da Oficina com estudantes da Escola Municipal Nova Visão. Na oportunidade foi lançado em formato de livro de cordel um livro com 11 contos produzidos pelos próprios alunos a partir do tema “O que é uma Dremelga”. Reunimos os alunos da quarta série que participaram as oficinas durante o ano. Na imagem alunos escutam o professor Pedro Rodrigo que é sem dúvidas o maior incentivador das oficinas literárias.
Texto do aluno Lucas Henrique dos Santos, de 19 anos, da turma da oficina literária da Escola Rodolfo Aureliano. Defensor do eterno retorno de Friedrich Nietzsche, nos brinda com um dos mais belos contos produzidos pelas oficinas. Lucas faz parte do Movimento dos Sem Fotografias.

Recomeçando
Lucas Henrique dos Santos

Uma bela noite mal dormida, doses de uísque barato, substâncias proibidas... Resultado: acordo de madrugada e vagueio lentamente até o banheiro, sem muita explicação me vem à cabeça uma leve impressão de que o caminho parece maior.
Caminho por horas e finalmente redescubro o banheiro. Tudo bem até o presente momento. Ao abrir a porta, deparo-me com a imagem mais insólita da minha vida!
Uma porção de caranguejos imensos eclode da privada e avançam à minha direção. Fujo! Trepidamente fujo! Corro por entre corredores, atravesso portas e mais portas.
Subitamente, um holofote imenso é apontado pra mim. Um homem galante e bem comunicativo surge me enchendo de elogios. Sou ovacionado por uma platéia imaginária. O possível apresentador se aproxima e sussurra ao meu ouvido: - Escolha uma porta.
Existem quatro portas à minha frente, os caranguejos já se aproximando. Me desespero e sem muito hesitar, escolho a primeira.
Acordo na madrugada e vagueio lentamente até o banheiro, sem muita explicação, me vem à cabeça uma leve impressão de que o caminho parece maior...
Turma final de 2011.
Graças ao apoio da Diretora Maria de Lourdes Lemos e da Professora Moema Gonçalves as oficina literária na Escola Rodolfo Aureliano reúne alunos adolescentes e muito capazes. Verdadeiros escritores.
Karina Santos é aluna da Escola Rodolfo Aureliano, tem grande domínio das técnicas literárias. É blogueira e leitora assídua dos contistas clássicos. O texto abaixo fez parte de um exercício a partir do tema “O dia em que a Lua chocou-se com a Terra”.

Luzes dos Dias
Karina Santos - Escola Rodolfo Aureliano

Meu lugar não é aqui.
Eu simplesmente dormi sem sonhar.
Acordei e simplesmente não existia nada, só uma escuridão.
O que é isso, onde estou?
Não vejo paredes ao meu redor, só uma luz lá ao fundo...
Não entendo o que acontece. Vago pelos caminhos sem rumo,
E encontro um nada, um vazio que me corroeu.
Uma tranquilidade me tomou, em delírios encontrei um sentimento que não sei explicar, quando finalmente percebi que meu mundo não existia mais.
Enquanto estava acordado, perdi dias e meses a me magoar, esqueci do mundo.
Derramei minha ultima gota vermelha, de uma estrada de ilusões.
Em cada gota, um esquecimento, o que apenas restava dos meus pensamentos que volta a cada instante em minha memória.
Já não sei quem sou a que vim neste lugar, rodeado pela escuridão dos meus dias.
Sinto-me cada vez mais em um vazio...
Será apenas uma vertigem do meu futuro?
Conforme acabam as palavras, acabam os meus dias.
E tudo que se deseja além de um vazio está aqui.
Luzes acendem forte neste lugar desconhecido.
Fico além de um horizonte, onde não posso sentir.
Absorvido pela escuridão vasculho meus pensamentos, um frio penetra minha alma.
Um silêncio mórbido me contamina meu coração não bate mais.
Lembre-se que estive aqui, e das cicatrizes que restaram.
E é estranho, não existe mais lua no céu.

Última turma do ano de 2010 na Escola Estadual Rodolfo Aureliano

As salas da escola estavam ocupadas. O jeito foi fazer a Oficina Literária nas escadas mesmo. Inicio do ao de 2010.

A poeta japonesa Sachiko Shinozaki e responsável pela elaboração dos projetos das Oficinas se apresenta num das Oficinas na Biblioteca Pública com o poema "Suchi com sarapatel".
Turma da Escola Nova Visão em frente a Biblioteca de Jaboatão dos Guararapes

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Alunos na Oficina Literária na Biblioteca de Jaboatão
Oficina Literária na Biblioteca Municipal de Jaboatão dos Guararapes.



Mais uma turma da Escola Estadual Rodolfo Aureliano dentro do Programa Escola Aberta.
Primeira Turma da Oicina Literária na Escola Estadual Rodoldo Aureliano em Jaboatão

Primeira Palestra na Escola Estadual Rodolfo Aureliano em Jaboatão Centro
Palestra na Escola Municipal Osvaldo Lima Filho, bairro do Pina, no Recife.
Primeira Turma da Oficina realizada na Escola Municipal José Carneiro, bairro se Santo Aleixo, Jaboatão Centro.
Palestra na Escola Municipal Nilo Pereira, bairro de CasaAmarela no Recife



Turma da Noite. Educação de Jovens e Adultos.


Palestra na Escola Municipal Nilo Pereira.



Bairro de Casa Amarela no Recife.



Turma da tarde.



Palestra na escola Municipal Nilo Pereira no Bairro de Casa Amarela.

Turma da manhã
Nos últimos três anos o Escritor Fernando Farias participou da festa literária da escola Municipal Osvaldo Lima Filho, bairro do Pina, no Recife. As atividades são coordenadas pelas professoras Fabiola Siqueira e Veronica Taveira. Consiste em palestras e debates com vários escritores convidados e muita interação com os estudantes.
Neste blog um pouco do que aconteceu durante todo o ano de 2011 nas várias Oficinas Literárias e palestras ministradas pelo escritor Fernando Farias com estudantes da cidade de Jaboatão dos Guararapes, na Biblioteca Municipal Poeta Benedito Cunha Melo, em Jaboatão Centro, também nas escolas de rede pública municipal: Nova Visão, Humberto Barradas, José Carneiro, Luiz Gonzaga e na escola estadual Rodolfo Aureliano.
Entre tantos eventos, sem dúvida, os mais concorridos foram as oficinas realizadas na Biblioteca. Cerca de 70 alunos participaram das atividades. Para os estudantes da Escola Nova Visão, além das palestras em sala de aula de várias turmas, houve a formação de oficinas em duas temporadas com turmas de várias séries, no contra turno. No segundo semestre tivemos cerca de 30 alunos da quarta série que participaram ativamente, sob a orientação do Professor Pedro Rodrigo, das oficinas durante quatro meses, sempre nas quartas-feiras, logo após o recreio.
Encerrando as atividades do ano com os estudantes da Escola Nova Visão, tivemos a festa de confraternização que reuniu cerca de 40 alunos, pais, funcionários da escola e da biblioteca. Na oportunidade foi lançado um pequeno livro com 11 contos sobre o tema “O que é uma Dremelga?”, trabalhos do exercício final realizados pelos alunos. Cada aluno imaginou o que seria uma Dremelga. Num jogo de muita criatividade nos textos, surgiram as Dremelgas melecas de Saturno, plantas carnívoras, peixes estranhos, flores assassinas e com roupinhas de bonecas.
Para o escritor Fernando Farias a experiência com esta turminha da quarta série, todos na faixa de 10 anos de idade, revelou verdadeiros escritores que dominam a arte de criar personagens, cenas e cenários, e de prender a atenção dos leitores com histórias de muita imaginação e técnicas literárias. “A fantasia infantil aliada aos exercícios permanentes, despertou nestes jovens também o censo crítico”. Revela Fernando Farias, “eles mesmos debatiam cada texto, apontavam falhas e soluções para os enredos; e mais, discutiam os tempos verbais, a ortografia, a concordância, isto é, aprenderam e aplicaram a gramática na prática”.
Para a diretora da Biblioteca, professora Alzira Sena, a presença dos estudantes semanalmente na biblioteca despertou muito o interesse dos alunos pelos livros. “Todos se tornaram clientes da biblioteca. Eles vêm, mesmo nas férias, buscar livros que eles mesmos escolhem e comentam o que gostaram ou o que não gostaram. Os alunos da Escola Nova Visão superam as demais escolas em número de retiradas de livros”.
Para o professor Pedro Rodrigo “é de se constatar que os alunos que mais se destacaram em sala de aula foram os estudantes que participaram das oficinas literárias. Não só na língua portuguesa, mas também em outras matérias. A gente percebe a evolução e a desinibição destes alunos”. Todos os alunos que participaram das oficinas foram aprovados.
Segundo o escritor Fernando Farias “a gente termina aprendendo mais com as crianças do que elas com a gente. A proposta na verdade nem é ensinar a ler ou escrever, mas a pensar livremente e debater entre eles o que produzem”

domingo, 1 de janeiro de 2012

Fernando Farias é contista tem 53 anos e nasceu em Caruaru. Radicado no Recife, há 36 anos, é radialista, autor de três pequenos livros de contos e hoje se dedica a palestras e oficinas literárias em escolas publicas.
Assim como Gabriel Garcia Marques, nasceu num dia 6 de março às 5:30 da manhã, é do signo de Peixes com ascendente em Peixes.
Queria mesmo era escrever roteiros para história em quadrinhos. Nunca conseguiu um desenhista disposto a trabalhar suas histórias. Certa vez transformou todos os roteiros em contos e publicou um pequeno livro chamado “A Trágica Morte da Patinha”. Só depois aprendeu a ler e escrever nas Oficinas Literárias com Raimundo Carrero e Marcelino Freire.
Atualmente é diretor da UBE e membro fundador do grupos Urros Masculinos e Dremelgas Literárias, e da Editora Navras Digital Além de várias coletâneas, publicou em formato de bolso: o Livro Vermelho - Espelhos Obscenos; o Livro Azul - Entre Sete Estrelas; o Livro Verde - Fantasia Manchada de Batom Carmim e o Livro Laranja - A Escolha dos Anjos. E agora o Livro Amarelo, Salada Mística.
Ainda não sabe o que vai ser quando crescer.
Neste blog estão algumas das palestras e oficinas literárias.