sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Criatividade e muita imaginação é que não  falta a esta jovem escritora 

MENINA E O ABSORVENTE
Aieychan Karoline - 14 anos
                                                                           


Chegou o dia da primeira menstruação.  Muito assustada, ela chorou e disse “estou perdendo muito sangue e agora eu vou morrer”! A mãe disse: “filha, não, você não vai morrer, na sua idade acontece isso, é a menstruação, tome isso para você não se sujar.
            Quando ela pegou o absorvente escutou uma voz:
− Por favor, não me coloca eu aí não, tem muito sangue.
− Mas a minha mãe disse que era para colocar você, para eu não sujar a minha roupa.
− Se você me usar eu fico com muito sangue e depois você me joga no lixo.
− Mas você foi feito para isso.
− Mas você tá tirando muitas vidas de absorventes. Coitado de nós, pobres absorventes. Vamos morrer no lixo.

            E todo mês, nos quatro dias, ela matava muitos absorventes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Chegando ao final das Oficinas literárias na Escola Humberto Barradas, cada aluno vai escolhendo seus principais contos que foram trabalhados nos últimos meses. Só assim eles autorizam a publicação.

BEBÊS GATOS DESAPARECIDOS
Pamella da Silva Cavalcanti 11 anos. 7ª, Série

         Um velhinho morreu. Passou a noite em um velório dentro de um caixão, esperando para ser enterrado no dia seguinte. Uma gata, que estava grávida, procurava um bom lugar para ter seus gatinhos. No escuro, onde só havia velas acesas, resolveu se deitar aos pés do velhinho defunto. A gata teve seis gatinhos.
         No outro dia, a mamãe gata saiu para buscar comida e quando voltou percebeu que o caixão não estava lá.
         As pessoas não sabem por que toda noite a mamãe gata dorme em cima da sepultura do velhinho.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Chegando ao final das Oficinas literárias na Escola Humberto Barradas, cada aluno vai escolhendo seus principais contos que foram trabalhados nos últimos meses. Só assim eles autorizam a publicação.


TRANSPORTE PÚBLICO DOS ANÕES
Jorge Guilherme – 12 anos – 7ª. Série

            Chegou a época das eleições e o deputado que adorava mentir para ganhar eleições dizia:
− Eu, deputado Pedro Mendonça, declaro que vou melhorar o transporte público dos anões. Vou criar ônibus menores, colocarei assentos preferenciais e passe livre. Eu amo os anões.
            Ele falou tanta besteira sobre anões que no final todos os anões votaram nele e ele ganhou a eleição.

            Depois de eleito distribuiu velocípedes para os anões revoltados.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

MAIS UM MINICONTO FOI HOJE LIBERADO PELOS ALUNOS DA OFICINA LITERÁRIA FERNANDO   FARIAS NA ESCOLA HUMBERTO BARRADAS DE JABOATÃO.  

LEMBRANÇA DO MEU PARTO
Jaine Neves – 14 anos – 8ª. Série

            Foi numa noite fria, ou a sala da maternidade era fria, quando saí do útero, vi as luzes fortes. Apertavam-me, senti vontade de chorar, tinha que ser forte, e chorei. Enjôos, respirar é difícil, tudo incomoda.
            Já comecei a esquecer o que era antes da vida. Aqui as pessoas riem pra mim. Dizem que pareço com alguém, mesmo com essa cara de lagartixa espantada.

            Nasci e já comecei a aguardar o dia da minha morte. 
CONTINUANDO A PUBLICAÇÃO DE UMA SÉRIE DE CONTOS DOS NOVOS ESCRITORES DA OFICINA LITERÁRIA QUE REALIZO NA ESCOLA HUMBERTO BARRADAS, DA PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOATÃO.

A GIRAFA QUE COMEU A LUA
Rebecca Souza de Melo – 12 anos – 7ª. Série
           
Gigi era uma girafa muito comilona. Comia chocolate, pipoca e croquete, frutas e verduras. Mas o que mais gostava de comer era as pessoas na cidade.
            De manhã comia crianças inteligentes; à tarde se alimentava de adultos lesados e à noite, adolescentes malcriados. Ingeria tudo isso com facilidade e alegria.
            O zoológico que morava Gigi era cuidado por extraterrestres. 
            O ET esqueceu-se de alimentar a girafa. À meia noite Gigi estava morrendo de fome. Tentou procurar comida por todo zoológico, mas só conseguiu comer uns elefantes e alguns hipopótamos.
            Mas ainda estava faminta. Olhou para cima e o que viu foi uma Lua Cheia. Ficou maravilhada com a beleza. E resolveu comê-la. Bastou esticar o pescoço.

            Quando mordeu a Lua a Terra explodiu e Gigi, a girafa comilona morreu. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

NO DIA DA CRIANÇA COMEÇO A PUBLICAR OS MELHORES TEXTOS DOS ALUNOS DA OFICINA LITERÁRIA FERNANDO FARIAS NA ESCOLA MUNICIPAL HUMBERTO BARRADAS, BAIRRO DE ENGENHO VELHO, EM JABOATÃO DOS GUARARAPES. VEJAM QUE MARAVILHA.
......................................................
CRIANÇA TAMBÉM TEM SAUDADES
Rannya Gabriele Almeida da Silva – 11 anos - 8º Ano A

            Lembranças quando eu era bebê. Saudades dos tempos que eu ainda brincava na rua de amarelinha. Do tempo em que só nos olhares se via a inocência da vontade de ver os grandes e puros sorrisos, dos sonhos tão bonitos.
            Restando assim somente lembranças daqueles tempos, que os anos não trazem mais. A saudade que fica se encarrega de guardar com tanto amor e carinho dentro do coração. Disso só restam alguns momentos que a vida nos deixa. Vendo fotos e vídeos, às vezes choro, querendo voltar àquele tempo, mas o tempo é passageiro. Cada passo que eu dava era uma conquista ou uma vitória, uma perda ou um aprendizado.
            Sou forte. Meio doce e meio amarga. Em alguns dias acho que sou fraca e meio boba. Preciso de um lugar para ficar, onde posso esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim, e começo a olhar para mim mesma. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente, sou humana. Às vezes meio pensativa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam logo de uma vez. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, gritar, chorar. Sentir que as coisas funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá resultado. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende quando e como a gente encara e se impõe. Quero ser eu. Vou continuar mantendo meu cérebro no lugar onde ele se encontra, no meu coração. Essa é a melhor parte de mim.