sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Texto do aluno Lucas Henrique dos Santos, de 19 anos, da turma da oficina literária da Escola Rodolfo Aureliano. Defensor do eterno retorno de Friedrich Nietzsche, nos brinda com um dos mais belos contos produzidos pelas oficinas. Lucas faz parte do Movimento dos Sem Fotografias.

Recomeçando
Lucas Henrique dos Santos

Uma bela noite mal dormida, doses de uísque barato, substâncias proibidas... Resultado: acordo de madrugada e vagueio lentamente até o banheiro, sem muita explicação me vem à cabeça uma leve impressão de que o caminho parece maior.
Caminho por horas e finalmente redescubro o banheiro. Tudo bem até o presente momento. Ao abrir a porta, deparo-me com a imagem mais insólita da minha vida!
Uma porção de caranguejos imensos eclode da privada e avançam à minha direção. Fujo! Trepidamente fujo! Corro por entre corredores, atravesso portas e mais portas.
Subitamente, um holofote imenso é apontado pra mim. Um homem galante e bem comunicativo surge me enchendo de elogios. Sou ovacionado por uma platéia imaginária. O possível apresentador se aproxima e sussurra ao meu ouvido: - Escolha uma porta.
Existem quatro portas à minha frente, os caranguejos já se aproximando. Me desespero e sem muito hesitar, escolho a primeira.
Acordo na madrugada e vagueio lentamente até o banheiro, sem muita explicação, me vem à cabeça uma leve impressão de que o caminho parece maior...

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